sábado, 16 de agosto de 2008

Escola promove dia da natureza na 305 Sul

Um dia inteiro dedicado natureza. Foi assim que uma escola modelo de Brasília reuniu alunos, professores e pais neste sábado (16/08), logo pela manhã. Ibama, polícia florestal, produtores orgânicos e outros parceiros estiveram presentes no evento. Entre eles, a própria comunidade, da quadra 305 sul, no Plano Piloto, que já faz um projeto sustentável, que inclui coleta seletiva e uso de adubo orgânico nos jardins.

A sustentabilidade já faz parte do nosso conteúdo pedagógico. Mas o projeto começou quando um morador e a prefeitura da quadra nos procuraram e começaram a oferecer palestras para os alunos. Daí por diante outras pessoas se juntaram e envolveu toda a comunidade escolar, explicou a diretora da Escola Classe 305 Sul Aldenora Nunes.

Segundo ela, as crianças estudantes de 1ª a 5ª série do ensino fundamental fazem pequenos trabalhos, como utilizar o chorume (líquido que resulta do lixo orgânico) para adubar plantas nas proximidades da quadra e confeccionam sacolinhas para que os pais coloquem o lixo dentro dos carros. Nós percebemos que a comunidade que está distante da escola, formada por alunos que moram nas cidades satélites ou do entorno do Distrito Federal, também veio. Isso quer dizer que as crianças levaram o conteúdo para lá, completou a diretora.

O aluno da 3ª série, Henrique Resck Grecov, de 9 anos, confirma o envolvimento das crianças com o tema. Eu acho que o dia da natureza foi muito importante porque nos dá idéias como a necessidade de reciclar, afirmou Henrique, que ganhou o prêmio de melhor desenho sobre conscientização ambiental.

Para explicar melhor aos alunos sobre temas preocupantes como tráfico de animais silvestres e queimadas nesta época do ano, quando a umidade do ar baixa a 15% em Brasília, técnicos do Ibama levaram animais empalhados, peles apreendidas e muitos panfletos didáticos. De acordo com Maurício Gaudino, do Núcleo de Conscientização Ambiental do instituto, as crianças são os melhores multiplicadores dessas informações. Nós sempre fazemos campanhas em escolas, igrejas e centros comunitários. E percebemos que os adultos ouvem e ficam acanhados de reproduzir. Já as crianças repetem, levam para os amigos da rua, para a família, explica.

O secretário de educação do Governo do Distrito Federal, José Valente, garantiu que iniciativas como essa são incentivadas em outras escolas. Nós não reproduzimos para não haver uma padronização, que não seria saudável. Mas outras escolas têm seus próprios projetos, explica.
http://www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_13/2008/08/16/noticia_interna,id_sessao=13&id_noticia=25637/noticia_interna.shtml

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